Com toda certeza, podemos afirmar que os dispositivos, como smartphones, tablets, notebooks, são tecnologias que revolucionaram o mundo e trouxeram muitos benefícios e praticidade. Por outro lado, sabemos que o uso em excesso de dispositivos móveis prejudica a saúde ortopédica infantil e adulta.
A questão é, até que ponto vão os benefícios, e pensando nas crianças, elas estão crescendo inseridas nesse mundo virtual, como orientá-las sobre o melhor uso dos dispositivos móveis para que a saúde ortopédica delas não seja prejudicada?
Ficar horas e horas usando um dispositivos móveis, seja jogando, vendo vídeos ou até mesmo usando redes sociais, podem prejudicar a saúde ortopédica infantil e adulta. Além de problemas na visão e também psicológicos.
Podemos citar como exemplo bem comum, uma criança ou adolescente que costuma se jogar de qualquer maneira na cama ou sofá e passar horas ali com o celular bem próximo do rosto.
Essa junção do uso prolongado e a má postura, podem ocasionar sérios danos à saúde no futuro dessa criança ou adolescente.
Alguns problemas ortopédicos mais comuns nos consultórios
- LER (lesão por esforço repetitivo), pode ter inchaço, conforme a inflamação avança e há probabilidade da pressão dos nervos que passam pelo túnel do carpo, desenvolvendo a síndrome do túnel do carpo, que causa dor, dormência e perda da sensibilidade dos dedos.
- Tendinite nos punhos e nas mãos que pode agravar e se tornar osteoartrite.
- A má postura é um dos grandes vilões que conduzem à alterações na coluna vertebral, especialmente nas regiões cervical e lombar. A criança que fica muito tempo, por exemplo, usando o celular, pode adquirir a posição cifótica (curvada para frente) com braços e cervical em flexão.
- O uso errado do celular pode provocar a síndrome do Pescoço de Texto, uma sobrecarga na musculatura e articulações vertebrais, causando dores na nuca, ombros, dorso e região posterior da cabeça.
A importância de impor limites quanto ao uso de dispositivos móveis
A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que o uso de telas deve ser proibido para menores de 2 anos de idade. Entre 2 e 5 anos, a permanência máxima deve ser de até 1 hora por dia. E dos 6 aos 10 anos, o tempo deve ser de até 2 horas por dia.
Sabemos que excluir a tecnologia da vida das crianças, principalmente das mais crescidinhas, não dá, então impor limites é essencial para a saúde delas.
Os pais devem saber a hora certa de inserir tecnologia na vida dos filhos. O ideal é esperar que a criança tenha certo nível de responsabilidade para usar o celular ou o tablet, por exemplo. Quando elas têm certa noção e entendem melhor as orientações dos pais, então é hora de os pais ajudarem e orientarem sobre o uso saudável.
Converse com as crianças, oriente sobre regras, fale dos prejuízos para saúde se não seguir as regras e práticas de bom uso.
Uma das regras que os pais precisam impor é um limite de tempo. Se para nós adultos é difícil, imagina para as crianças saberem a hora de sair do celular.
Outro ponto, é criar momentos de descontração, como brincadeiras em família, dinâmica ou atividades em grupo, para a criança se interessar também por atividades offlines.
O uso correto de dispositivos pode ajudar no aprendizado e trazer entretenimento na dose certa. Por outro lado, o uso excessivo deles, além dos malefícios físicos, podem trazer irritabilidade, alteração na atenção, mau desempenho na escola e isolamento social.
Portanto, o conselho deste texto, vai principalmente para os pais. Observem, estejam atentos aos seus filhos, no caso de qualquer dúvida ou sintomas na saúde, não hesitem em marcar uma avaliação médica com um ortopedista especialista.